Ontem estive no Rio a trabalho, para uma reunião que acabou cedo, felizmente. Aproveitei para conhecer o MAR. Em uma das exposições havia um vídeo hipnotizante: uma mulher nadando, sob seu ponto de vista: ora dentro, ora fora da água. A câmera estava presa à cabeça dela, então via-se somente os braços, as mãos e o entorno de onde ela nadava: mar, rio piscina; e ouvia-se o som dela entrando e saindo da água.
Foi hipnotizante, pois sempre que vejo alguém nadando, tenho a sensação de que a pessoa está em paz, vivendo um momento de prazer tranqüilo.
Gosto de estar na água, mas não gosto de nadar. Demanda muito esforço físico, tenho dificuldade de respirar corretamente, além de uma certa aflição à água e medo em muitas situações. Mas ver a moça nadando, sob o ponto de vista dela, estritamente, foi como nadar sem toda a parte que me incomoda. De certa maneira foi uma experiência ideal.
Seria bom poder viver um relacionamento assim, na forma ideal. Sem as expectativas, medos, inseguranças – de ambas as partes. Mas não dá pra nadar sem se molhar, sem fazer esforço, sem respirar corretamente.
Até dá pra nadar com medo, mas não recomendo.
(18abr2014)